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Caos Urbano Favorece o Radio

Inacreditável o que está acontecendo com consumo de mídia, causado pelo novo comportamento social, que está levando o tradicional meio de comunicação rádio novamente à liderança.

Nas chamadas décadas perdidas, 80 e 90, por exemplo, as mulheres tinham difícil acesso ao mercado de trabalho. Também os jovens, tinham enormes dificuldades em freqüentar escolas. Hoje o que percebemos é um cenário completamente diferente. As mulheres batem o recorde nas carteiras de trabalho assinadas, chegando a 50%, como também o Brasil bate recorde de jovens freqüentando as salas de aula.

Evidentemente o que percebemos é um inexorável crescimento de atividades nas diversas culturas do mundo. Hoje acordamos mais cedo e dormimos mais tarde. Ocupamos nosso tempo, com uma infinidade de tarefas, que seriam absurdas comparadas há 20 anos.

Desde os princípios das análises de hábitos de mídia, jamais nos deparamos com tamanha revolução. Nossas rotinas diárias permitiam identificar as probabilidades no comportamento de consumo de mídia. A Televisão, por exemplo, que tinha uma performance impressionante, até porque havia pessoas sem atividade nas residências. O horário nobre da TV, naquela época, hoje parece ridículo; acontecia às 18h. Depois foi migrando para às 19h, às 20h e hoje se encontra na faixa horária das 21h às 22h. A propósito, horário da principal novela do país.

Evidente que com mais atividade, as pessoas passam muito mais tempo fora de casa. O interessante é notar, que os meios de comunicação, disputam nossa atenção e competem com nossas diversas atividades. Neste contexto, TV, Jornal, Revista e mesmo a internet, exigem nossa atenção total, fato escasso hoje.

Portanto como temos um tempo previsto para consumo de mídia, a realidade é que ele está recuando. Por mais inacreditável que pareça, o único meio que leva enorme vantagem com este fator, é o meio Rádio. O Rádio é o único meio que pode ser consumido, viabilizando atividades paralelas e por isto mesmo, já é identificado no mundo todo, como o meio do futuro.

Quando analisamos os Estudos Ipsos/ Marplan, sobre hábitos de consumo de mídia, percebemos que o Rádio é líder absoluto entre os horários das 5h às 18h. Também pelo estudo do Ibope, constatamos esta liderança em termos de horas consumidas.

É interessante notar que hoje o Rádio é muito mais qualificado do que a TV. Sua penetração, de acordo com os estudos Ipsos/Marplan, ocorre com mais propriedade, nas classes A,B e C, perdendo desempenho nas classes D e E. O mesmo não ocorre com a TV, que mantém alta penetração também nas classes baixas.

A razão maior, é que o ouvinte hoje é uma pessoa ativa e com renda. Já quem fica em casa, principalmente no horário da tarde, provavelmente é inativo e conseqüentemente, tem menor renda.

Quando se trata de faixa etária, diferentemente do que muitos ainda imaginam, o meio Rádio detém sua maior penetração junto aos jovens, principalmente entre 15 a 29 anos. Nem precisamos explicar o porquê, pois sabemos que são os mais ativos entre todos.

Este movimento não é apenas nacional, é uma realidade muito mais destacada nos paises desenvolvidos. O Festival Mundial de Publicidade de Cannes deste ano referendou o que defendemos, pois eles esperaram exatos 52 anos, para incluir pela primeira vez, as peças criativas de Rádio, para julgamento. Foi um enorme sucesso.

Também em publicidade, o Radio Advertising Bureau (RAB) identifica forte crescimento nos Estados Unidos e na Europa, superando inclusive o crescimento de diversos meios.

O desejo em consumir o meio é tamanho, que nos EUA há cinco anos surgiram duas empresas que oferecem Rádio por satélite diretamente para automóveis; A XM Radio e a Sirius Radio. Ambas operam com mais de cem canais de áudio, cobrindo o mercado americano de costa a costa. O interessante é que o consumidor aceita pagar por este serviço, exatamente U$ 12,95 por mês, caracterizando a importância do meio.

Empresas montadoras americanas de automóveis, como GM e Ford, entre outras, já instalam gratuitamente os aparelhos com acesso ao satélite, como uma vantagem competitiva, cabendo ao comprador assinar ou não o serviço. Ambas já conquistaram 6 milhões de assinantes.

Outra realidade diferenciada do meio no Brasil, foi a decisão das empresas em digitalizar os sinais das emissoras AMs e FMs. Fomos os terceiros no mundo e decidimos pelo padrão IBoc, "In Band On Channel" que viabiliza o envio de sinais analógicos e digitais, sem qualquer mudança nas freqüências e permitindo aos ouvintes, manter seus aparelhos atuais, e migrando gradativamente para os digitais.

Com a digitalização, as emissoras AMs ganham qualidade sonora das FMs e as FMs ganham qualidade de CDs. Nesta nova era, o rádio ganha característica de meio multimídia. Além do som sem chiados, as emissoras poderão, em breve, enviar aos ouvintes, por exemplo, mensagens de texto, imagens das músicas, shows, etc.

Antônio Rosa é presidente da Dainet. Sugestões e comentários podem ser enviados para o e-mail arosa@dainet.com.br
IDG Now - Antônio Rosa Neto 19/12/2005
Fonte: IDG Now

Texto enviado por Raquel Freitas

escrito por: Otavio Cohen, às 9:24 AM
pode falar!
[i-radiando]


Em falando em exercício profissional do rádio nada melhor que dizer: “com a voz, um profissional...”


José Henrique Fernandes Leal de Volta Redonda, Rio de Janeiro. Rádio Cidade do Aço FM, 103,3 Mhz. www.cidadedoaco.fm.br.

Jornalista, Locutor, apresentador, anunciador e redator. 30 anos de
profissão. Começou fazendo festas em clubes e depois passou para o Rádio,
em Valença Rio de Janeiro. Ano 1979, na extinta Rádio Clube de Valença
AM.

Permaneceu por lá até 1985, quando me transferi para Volta Redonda,
onde está até hoje na mesma empresa no horário de 14:00 às 18:00.


i-radiando: Quais as áreas de atuação quando se fala em trabalhar no rádio?
José Henrique Fernandes Leal: Locução, redação, produção, técnica, reportagem, animação, locução-esportiva, noticiariísta, etc.



i-radiando: Qual é o tempo médio de trabalho?

José Henrique Fernandes Leal:
Quatro horas.


i-radiando: O que é importante para o bom exercício profissional?
José Henrique Fernandes Leal: Primeiro lugar, ética, dedicação, conhecimento geral, boa dicção, desenvoltura diante do microfone e de um entrevistado, interatividade com o meio.


i-radiando: Como vê a atual situação do mercado de trabalho?
José Henrique Fernandes Leal: Restrito.


i-radiando: O que considera mais importante: formação acadêmica ou prática?
José Henrique Fernandes Leal: As duas formações são ideais para um bom desenvolvimento. Uma está atrelada à outra.


i-radiando: Como funciona a questão da ética no radialismo?
José Henrique Fernandes Leal: Muito pessoal. Os éticos por natureza, normalmente, tem um tempo de vida mais longo em qualquer função. É muito importante ser ético em qualquer profissão. Existem bons e maus profissionais em qualquer lugar.


i-radiando: É possível delinear um perfil comum para os profissionais da área?
José Henrique Fernandes Leal: Normalmente é vocacional. Quem está no rádio está por amar o que faz.


i-radiando: O que existe em termos de regularização da área atende as requisições do mundo do rádio?

José Henrique Fernandes Leal:
Sim, existe um trabalho voltado para a legalização do profissional nas rádios homologadas pelo governo.


i-radiando: Qual é sua visão do trabalho nas rádios comunitárias? Já teve alguma experiência? Caso negativo se interessaria em ter?

José Henrique Fernandes Leal: Interessante, mas a proposta está defasada no país. A maioria são emissoras piratas e que atuam na marginalidade.


i-radiando:
E como vê a chegada do rádio digital? Acha que ele vai alterar
substancialmente as práticas profissionais? Se sim, vê a mudança como
positiva ou negativa?

José Henrique Fernandes Leal: Positivo, mas demorada. Haverá adaptações de profissionais.

Texto de Paula Alkimim

escrito por: Otavio Cohen, às 9:08 AM
pode falar!
[i-radiando]


Podcasting

Mais uma vez bom dia, ouvintes!
Estamos aqui para anunciar que os três próximos posts – os posts finais do nosso projeto – trarão uma cobertura através de entrevistas e coleta de dados sobre o radialismo sob uma nova proposta: comparar o exercício do radialismo em várias esferas culturais – nossa cidade (Belo Horizonte), nosso país (entrevista com um radialista que reside e trabalha num grande centro urbano do eixo Rio-São Paulo), e nosso continente (entrevista com um radialista da América Central). Esperamos, dessa maneira poder construir um quadro do que é ser um profissional do rádio nos dias de hoje, que é a proposta do blog.

Sobre o post de hoje, esperamos esclarecer o que é Podcasting, um fruto das novas tendências, que mescla o rádio com a tecnologia virtual da internet. Através do podcasting, o radialista pode ser qualquer um de nós que tenha acesso à internet e tenha cadastro em um site que ofereça o serviço. Está perdido e nem mesmo tem idéia do que seja podcasting?



Podcasting é uma forma de publicação de programas de áudio, vídeo e/ou fotos pela Internet que permite aos utilizadores acompanhar a sua atualização.
Os programas ou arquivos, gravados em qualquer formato digital (MP3, AAC e OGG são os mais utilizados nos podcasts de áudio), ficam armazenados num servidor na internet. Por meio do feed RSS, que funciona como um índice atualizável dos arquivos disponíveis, novos programas de áudio, vídeo ou fotos são automaticamente puxados para o leitor através de um agregador, um programa ou página da internet que verifica os diversos feeds adicionados, reconhece os novos arquivos e os puxa de maneira automática para a máquina. Os arquivos podem ainda ser transferidos para leitores portáteis.
O termo podcast é creditado a um artigo do jornal britânico The Guardian em 12 de fevereiro de 2004, mas nesse primeiro momento o termo não se referia ao formato de transmissão com RSS, o que só aconteceu em Setembro daquele ano, quando Dannie Gregoire usou o termo para descrever o processo utilizado por Adam Curry.
O conceito do Podcast é creditado ao ex-VJ da MTV Adam Curry, que criou o primeiro agregador de podcasts usando applescript e disponibilizou o código na internet, para que outros programadores pudessem ajudar. Dave Winer incluiu o enclosure, um elemento na especificação RSS 2.0, o que possibilitou o conceito do podcast ser realmente utilizado. A utilização de feeds RSS para distribuir o conteúdo é a grande diferença do Podcasting em relação aos audioblogs, vlogs e flogs.
Um marco na massificação do conceito foi o lançamento da versão 4.9 do leitor de música digital iTunes, da Apple, que ampliou o suporte aos podcasts, incluindo uma secção na sua loja de música dedicada ao serviço e também uma actualização para o iPod que adiciona a categoria "Podcasts" ao menu "Music".
O formato de transmissão é hoje utilizado por diversas empresas no mundo para divulgar notícias e programação, assim como algumas universidades que começam a disponibilizar aulas neste formato.

Links
PodSpider. Um cliente de Podcast e um diretório grande de Podcasts
iTunes. Um agregador de podcasts com diretório. Permite utilizar os podcasts melhorados, com imagens e links.
Ipodder - Também conhecido como "Juice". Agregador de podcasts para Linux.
BuscaPodCast Diretório de Podcasts Brasileiros.
PodBrasil Diretório de podcasts brasileiros.
Terra PodCast serviço de podcasting oferecido pelo portal Terra.

Retirado de Wikipedia

escrito por: Otavio Cohen, às 5:05 PM
pode falar!
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Luz... Câmera... No ar!

Bom dia, ouvintes! Tivemos (mais) problemas técnicos na transmissão e queríamos pedir desculpas porque não vamos poder fazer o upload do arquivo de som prometido no ultimo post. Mas logo que descobrirmos como fazer para colocá-lo aqui vamos colocar. O assunto de hoje é o profissional de rádio, mas a maneira como ele é retratado nas telonas.
Em vários filmes encontramos referências a profissionais da Comunicação e a maneira muitas vezes romântica como eles são tratados. Em A Doce Vida (La Dolce Vita) vemos um jornalista que se infiltra num mundo de glamour e vive cercado de belas mulheres e luxos. Decerto, trata-se de um clássico do cinema, do cineasta Frederico Fellini, com a memorável atuação de Marcello Mastroianni, mas não retrata o mundo dos jornalistas de uma maneira geral. Usualmente é o que acontece em adaptações cinematográficas.
Alguns filmes retratam o profissional de maneira a colocá-lo como o herói romântico, o homem cheio de virtudes que geralmente tem um inimigo crápula que age de acordo com os próprios interesses... Essa é a sétima arte, afinal.
Mas em alguns filmes famosos sobre radialistas, a coisa é diferente. Os locutores e profissionais em geral envolvidos com o rádio são personagens reais e bem defendidos pelos seus interpretes. Desses filmes é possível tirar uma noção do que é o rádio e sobre como ele é feito, como são produzidos os programas e como é a vida pessoal dos radialistas.
O filme que mais nos vem à memória quando falamos sobre rádio e cinema é Uma onda no ar, um filme de Helvécio Ratton, que conta a história de quatro jovens amigos que vivem em uma favela de Belo Horizonte e sonham em criar uma rádio que seja a voz do local onde vivem. Eles conseguem transformar seu sonho em realidade ao criar a Rádio Favela, que logo conquista os moradores locais por dar voz aos excluídos, mesmo operando na ilegalidade. O sucesso da rádio comunitária repercute fora da favela, trazendo também inimigos para o grupo, que acaba enfrentando a repressão policial para a extinção da rádio.
O filme traz uma reflexão pertinente sobre rádios comunitárias e a luta de algumas delas por uma legalização, alem da perseguição sofrida pelos membros. Tratando-se de uma obra brasileira, Uma onda no ar merece ser assistido e apreciado, tanto pela qualidade do elenco e da produção quanto pelo registro histórico (o filme se baseia em fatos reais).
Um outro ótimo filme sobre rádio é o premiado Bom dia, Vietnã, que traz a historia de Adrian Cronauer (Robin Williams), um aeronauta que foi para o sudeste da Ásia para trabalhar como disc-jockey na Rádio Saigon, que era operada pelo governo americano. Em contraste com os tediosos locutores que o precederam, Cronauer é bem dinâmico e inicia sempre as transmissões com um sonoro e vibrante "Bom Dia, Vietnã", tocando músicas que não tinham sido aprovadas por seus bitolados superiores. Mas o que realmente chamava atenção eram as piadas que ele falava durante o seu programa, provocando a indignação de Steven Hauk (Bruno Kirby), um segundo tenente que era o superior imediato de Cronauer. A partir daí, surge o conflito entre Hauk e Cronauer. A brilhante atuação de Robin Williams como Cronauer – que lhe rendeu uma indicação ao Oscar mostra um radialista bem-humorado num contexto de conflitos que era o Vietnã da época. Imperdível.
Um terceiro filme que merece ser lembrado é Na Era do Rádio, de Woody Allen. N ótica peculiar que é a marca registrada do cineasta, vemos o cotidiano de uma família de judeus fortemente influenciada pelos programas de radio da época. O contexto histórico do filme é a Segunda Guerra Mundial, o que coloca em evidencia os sonhos e planos da família, incerta sobre o futuro. O filme mostra a importância do radio em outros tempos em que ainda não se assistia TV e a identificação que as pessoas tinham com os radialistas. Um locutor era uma pessoa tão presente na vida de uma mulher quanto seus filhos ou maridos e muitas vezes, era a sua única companhia.

Links relacionados:

www.bocc.ubi.pt/pag/ paiva-claudio-jornalistas-no-cinema.pdf
Traz um artigo de Cláudio Paiva sobre como os profissionais da comunicação são tratados pelo cinema.
http://www2.uol.com.br/umaondanoar/filme/direcao_03.html
Entrevista com o diretor de Uma onda no ar sobre o processo de feitura do filme e a sua relação com a Radio Favela.

Nos próximos posts, confira algumas entrevistas com profissionais ligados ao rádio e muito mais informações sobre o universo do radialismo. Até a próxima.

Texto de Otavio Oliveira

escrito por: Otavio Cohen, às 6:05 PM
pode falar!
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O Brasil precisa de voz?


O programa a Voz do Brasil (com o nome inicial de Hora do Brasil) foi instituído por Getúlio Vargas como parte da propaganda oficial do governo. A primeira transmissão data de 7 de setembro de 1938. Atualmente é transmitido por todas as emissoras comercias do país, a partir das 7 horas da noite. Com 1 hora de duração, o espaço é dividido igualmente pelos poderes Executivo e Legislativo para noticiário de suas realizações.

Há muito a obrigatoriedade da transmissão vem sendo discutida publicamente. Recentemente a Associação Brasileira das Emissoras de Rádio e Televisão (Abert) e a Associação das Emissoras de Rádio e TV do Estado de São Paulo (Aesp) se uniram para pedir ao presidente da Câmara dos Deputados Aldo Rebelo (Pc do B), a flexibilização nos horários enfatizando a polêmica.

As emissoras de rádio alegam que a obrigatoriedade da transmissão é inconstitucional, já que desrespeita a liberdade de comunicação e informação jornalística. Essa obrigatoriedade da veiculação da Voz do Brasil está prevista no Código Brasileiro de Telecomunicações. Outro argumento refere-se à perda de faturamento das emissoras durante o horário do programa.

A Voz do Brasil é o programa mais antigo do rádio. Uma pesquisa do Instituto Data Folha, feita em dezembro de 1995, concluiu que 88% dos brasileiros com idade acima de 16 anos conhecem a Voz do Brasil. Mais da metade deles aprova a obrigatoriedade de transmissão. Os defensores da Voz do Brasil acreditam que a flexibilização da transmissão será o primeiro passo em direção à extinção do programa.

Para o presidente da Abert, José Inácio Pizani o pedido é uma antiga reivindicação dos radiodifusores e a decisão autoritária de veicular o programa às 19 horas tira a liberdade de transmissão no melhor horário para cada emissora.

Já o presidente da Câmara informou que há no Congresso um diálogo a favor de se verificar a flexibilização da Voz do Brasil e que fará esforços para que a votação ocorra o mais breve possível.

Atualmente, cerca de 60 emissoras de rádio transmitem o programa em horários alternativos amparados por medidas judiciais.


(Baseado no artigo “Aesp e Abert pedem flexibilização de ‘A voz do Brasil’” do site www.gpradio.com.br)

Texto de Paula Alkmim


E na próxima quarta feira, o próximo post incluindo um trecho da primeira exibição da Hora do Brasil. Não percam...

escrito por: Otavio Cohen, às 9:06 AM
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Saiu no Comunique-se

Para quem ainda não tem acesso, um ótimo ponto de referência para estudantes e profissionais de Comunicação é o Portal Comunique-se. Ele traz notícias, novidades, colunas, artigos e fotos sobre o mundo do jornalismo e da comunicação em geral.
Uma das seções é a Radiojornalismo, que traz matérias feitas por profissionais e apresentada por meio de um arquivo de áudio. Basta clicar no play que é possível ouvir toda a matéria.
Fato interessante, pois conecta a tecnologia da internet e das mídias virtuais a um dos mais antigos meios de se fazer notícia: o rádio.

A notícia abaixo saiu no Portal Comunique-se no dia 17 de março desse ano e pode ser ouvida na íntegra por quem acessar o site. O único contratempo é o cadastro exigido para o acesso ao conteúdo do portal.

Rádios Comunitárias usam a Web para ampliar limites de transmissão

Íbaro Santos Rodrigues, diretor de uma rádio comunitária em São Borja, no Rio Grande do Sul, se orgulha ao dizer que a emissora cobre até jogos da Seleção Brasileira fora do País.

É possível uma mídia alternativa concorrer de igual para igual com as grandes redes? Íbaro diz que sim, mas faz uma ressalva: lamenta que a potência das rádios comunitárias ainda seja muito limitada, mas não deixa de destacar a importância da Internet nesse processo.


O portal também traz comentários dos usuários cadastrados, normalmente interessados e envolvidos direta ou indiretamente com o tema abordado em cada matéria. Essa matéria, por exemplo, traz comentários de alguns freelancers que falam sobre suas experiências em rádios comunitárias ou como são controladas as rádios em suas respectivas cidades ou comunidades.

Vale a pena conferir.

escrito por: Otavio Cohen, às 2:57 PM
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Uma pequena aula de História

O homem, através da constante evolução tecnológica, experimentou diversas mudanças de comportamento e relacionamento, uma vez que foram desenvolvidos parâmetro menos complexos e mais acessíveis da comunicação. O rádio foi uma das inovações, uma vez que contribuiu e ainda contribui para a formação de opiniões dos ouvintes, com informações precisas e imediatas.
O desenvolvimento do rádio só foi possível com a demonstração de ondas eletromagnéticas, em 1863, por James Maxwel, professor de física experimental da Universidade de Cambridge, Ingalterra. A partir daí jovens pesquisadores foram estimulados a pesquisar sobre o assunto, promovendo importantes descobertas que ocasionaram o surgimento do rádio.
A “Era do Rádio” tem início em 1919, marcado pelo surgimento de diversas inovações que tornaram os estudos mais ágeis, aprimorando dessa forma a produção de programas radiofônicos.
Em 02 de novembro de 1920, com a inauguração, em Pittsburgh, da KDKA, começou a exploração da radiodifusão. Na Inglaterra, em 1922, estabeleceu o rádio não comercial, mantido com uma taxa recolhida dos receptores pelos proprietários. No Brasil, nesse mesmo ano, o rádio teve a sua primeira transmissão oficial, com o pronunciamento do presidente da república, Epitácio Pessoa. Também nessa década ocorreu a primeira transmissão de rádio em cadeia no mundo, envolvendo a WEAF e a WNAC, de Boston.
Em 1932, foi dado um novo rumo ao rádio. No Brasil, por exemplo, a veiculação de publicidade pelas emissoras, autorizada pro Getúlio Vargas, mudou o aspecto erudito e cultural para o popular, visando a diversão e o comércio.
Os comercias passaram a ser tão importantes quanto os programas nas emissoras e por isso deveriam ter excelente qualidade sonora. Porém o padrão de alta fidelidade sonora necessário não era alcançado pela rádio de amplitude modulada (AM), que era utilizada na época. A partir de então, por volta de 1939, começaram a surgir as primeiras emissoras de freqüência modulada (FM), que possuíam melhor qualidade de som que as AM. Ocorreu então uma delegação de tarefas: a rádio AM passou a ser utilizada na veiculação de noticia e transmissão de eventos esportivos, em função de seu longo alcance, precisão e imediatismo; enquanto as FM ficaram encarregadas da produção de entretenimento, anteriormente, com caráter regional. O desenvolvimento do o sistema de comunicação via satélite possibilitou maior alcance nas transmissões, ampliando a área de atuação das rádios de freqüência modulada.
Atualmente, discute-se a digitalização do rádio, que está revolucionando as formas de transmissão e recepção de informações, exigindo reflexões e mudanças nas formas de comunicar.


Texto de Ricardo Roquim

escrito por: Otavio Cohen, às 5:43 PM
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[Apresentação]
Aos calouros do curso de Comunicação Social da Universidade Federal de Minas Gerais do primeiro semestre de 2006 foi requisitada a criação de blogs que facilitassem sua introdução no mundo da comunicação e aprofundassem-nos nos estudos da disciplina Campo Profissional da Comunicação.
O nosso grupo ficou responsável pela criação e veiculação de um weblog sobre o Exercício Profissional do Rádio.

[Por que o Rádio?]
O rádio foi responsável por grandes avanços no exercício da comunicação a partir das primeiras décadas do século XX, quando tornou a informação mais dinâmica. Dando um grande salto desde a criação da imprensa escrita, o rádio possibilitou a chegada da voz e da emoção até os ouvintes e conquistou logo um público fiel, que resistiu e resiste aos adventos da nova tecnologia.

[Por que um blog?]
Na era da internet, onde a informação é veiculada de maneira mais rápida (embora com restrições de acesso), um weblog é o caminho mais rápido para falar e ser ouvido. Sua estrutura que permite comentários e sugestões representa bem o modelo atual da rede mundial de informações, que une autores e leitores - que até se confundem em certo ponto - no aperfeiçoamento da página.

[Quem somos nós?]
O nosso grupo é formado por calouros do curso de graduação em Comunicação Social da UFMG.

Nayana de Castro
Otávio Oliveira
Paula Alkmim
Pedro Igor Martins
Raquel Freitas
Renata Carneiro
Renata Gibson
Ricardo Roquim
Stefânia Chaves

[Objetivos]
Nosso objetivo com a veiculação do blog I-Radiando é buscar informar e situar o leitor em relação ao rádio nos dias de hoje. Para isso, vamos buscar relatos históricos, apresentar dados estatísticos e entrevistas que demarquem a trajetória do rádio e do radialista na sociedade desde o início do século XX até o início do século XXI. Pretendemos também mostrar as novas tendências do exercício profissional do jornalismo e qual será a forma de se transmitir informações pelo rádio com o surgimento do Rádio Digital. Dando seqüência ao blog veiculado no semestre passado (ORADIO), abordaremos temas instigantes como a imagem do rádio e do profissional de radialismo produzida pelo cinema, as rádios virtuais, as novas e velhas tecnologias, o radiojornalismo, as estações que difundem música e informação independentemente de grandes empresas ou gravadoras, projetos experimentais universitários de rádio, a legislação do radialismo, entrevistas com profissionais, entre outros.

Haverá posts semanais abordando os temas pesquisados com uma maior profundidade e outros posts eventuais com o objetivo de descontrair, em que serão apresentadas curiosidades e matérias humorísticas.
Esperamos poder dar informações seguras e verdadeiras sobre o passado, presente e futuro do rádio e do radialista.

Pedimos também a sua colaboração. Comente, dê sugestões e faça críticas para que o nosso trabalho se torne cada dia melhor.

Obrigado,
a redação.

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